14 agosto 2012

Você Não Estava Mais Lá

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Era sábado à noite, estava jantando em um restaurante perto do meu apartamento. A comida congelada havia acabado e essa era minha única saída. Não estava comendo nada de tão diferente, uma macarronada, que podia até ser feita em casa. Mais para quem tinha dotes culinários, é claro, o que não era o meu caso.

Vi que se sentou na mesa a minha frente. Nossos olhares se cruzaram, e sorrimos um para o outro. Visto que eu estava sozinha, levantou-se e veio falar comigo. Foi uma conversa rápida, me disse seu nome, e perguntou-me se podia sentar-se comigo. Disse que sim, pois acho que não havia problema nenhum naquilo. Eu só ia jantar, e depois iria para casa.

Conversamos sobres todos os assuntos: desde que ele gostava de rock n' roll, à que eu era (talvez) a única mulher na face da Terra que não sabia cozinha direito. Já fazia um bom tempo em que eu tinha jantado com alguém. Ou até mesmo tido um encontro, se é que aquilo podia ser considerado um encontro. Depois de tanta conversa, me chamou para um festa. Disse que não podia, mas a insistencia foi tanta, que acabei aceitando.

Tinha muita gente, em média todos da nossa fachetária de idade, alguns mais jovens. Muitas luzes coloridas, muitas bebidas, e muita gente dançando. Não demorou muito para que ele me oferecesse uma bebida. Aceitei. Embora estivesse disposta à apenas me divertir, e não demorar muito. Tinha que ir para casa. Mais, eu ia fazer o que naquele apartamento que só parecia pequeno quando a família ia me visitar? Resolvi então, que não iria me importar com horário, nem nada. 

Dançamos juntos, e conversamos muito. Conheci alguns de seus amigos. Eram todos bonitões, como ele. Cheguei até à pensar se aquilo não fora um sonho. Afinal, desde a época da faculdade que eu não saía com pessoas tão bonitas, e bem resolvidas. Nessa hora meus problemas pareceram ter tomado um rumo, de repente não me importei com mais nada.

Pediu-me que me levasse em casa. Embora dissesse que era perto dali, ele fez questão mesmo assim. Fomos caminhando. Desta caminhada surgiu uma conversa, onde descobri que ele adora jogar tênis nos tempos livres, que queria ter 3 filhos, que o nome de sua mãe era Elizabeth, e que era o irmão mais velho dos três filhos. Chegamos à portaria do prédio. Pedi que ele subisse, queria oferece-lo alguma coisa para agradecer pela noite. 
"- Há tempo não me divertia assim". Foi a última coisa que consegui dizer antes que ele me beijasse. Mesmo não conhecendo o meu apartamento, sabia exatamente onde ficava o meu quarto. De primeiro momento não estava gostando tanto daquilo que estava acontecendo. Quando percebi, eu estava deitada em minha cama, com ele em cima de mim me beijando. A onda de prazer que dominava o meu corpo, era maior que a vontade que me dizia que: não, não era pra mim fazer aquilo. A temperatura do seu corpo era quente, e a cada movimento ele me envolvia. Foi uma noite incrível. Há tempos não me sentia tão desejada por um homem, e por um homem daquele então, ai ai... Pegamos no sono. Dormi com a cabeça encostada em seu peitoral. Como nos filmes americanos, que eu costumava assistir sozinha. 

Ao acordar você não estava mais lá. Ou será que nunca esteve?

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